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domingo, 30 de setembro de 2012

NOTA DE FALECIMENTO

É com grande pesar que informamos o falecimento da mãe de Valéria Rodrigues Costa, professora de Educação Física do vespertino. O velório está acontecendo no SAF (ao lado do Cemitério Campo Santo).
Horário do enterro 16:00h.
                             
                                                            A direção

sábado, 22 de setembro de 2012

PRIMAVERA DE LEITURAS

O Colégio Estadual Presidente Médici e os professores de todas as áreas de conhecimento vem promovendo encontros de leituras, disponibilizando em sala de aula, em “Caixas de leitura”, nas mesas que ficam no pátio da escola e nas paredes, textos em prosa, versos, citações; enfim, vários tipos de textos.
A iniciativa desses encontros de leitura tem o objetivo de despertar os alunos para o prazer de ler, sem preocupação com rendimento, nota; mas, para despertar as regiões adormecidas da alegria, da liberdade, colocar o pensamento em ação e certamente suscitar neles um desejo ou uma busca por outras leituras. "A leitura engrandece a alma." (Voltaire)
Nessa Primavera de 2012 propomos uma “Primavera de Leituras” e convidamos todos os alunos para “abrir as janelas da casa” e permitir que todas as emoções, sentimentos e pensamentos se voltem para a leitura, para o Livro, por acreditarmos, assim como Monteiro Lobato e outros escritores, que "Um país se faz com homens e livros".
Como a leitura é um processo de conquista, preparamos o ambiente para seduzir os alunos e dizer para eles que na Biblioteca do Médici há um montão de amigos esperando por eles, e todos com cheiro de Primavera! Os livros!

“Saia desse asfalto e venha”

Venha ler!

Profª Ray

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

NOTA DE FALECIMENTO

É com grande pesar que informamos que hoje a noite não haverá aula, devido ao falecimento da mãe da professora Fátima Rezende, vice-diretora do noturno. O velório está acontecendo no SAF (ao lado do Cemitério Campo Santo).
                                                                 A direção

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BRASIL INDEPENDENTE, UM DESAFIO QUE CONTINUA

O fato histórico da independência do Brasil (7 de setembro de 1822) é conhecido pelos estudantes brasileiros. Dom Pedro I, às margens do Riacho Ipiranga (São Paulo), proclama a separação do Brasil em relação ao país colonizador: Portugal. Que lições podemos tirar dessa separação, que completa 190 anos?
Durante mais de três séculos (1500-1889), as terras brasileiras abasteceram de matérias-primas seu principal colonizador e outros povos e nações da Europa que estiveram por aqui. São produtos tropicais, riquezas do povo brasileiro, retiradas para atender à sociedade europeia no contexto do capitalismo mercantil, ou seja, açúcar, tabaco, algodão, cacau, anil, madeiras. A pergunta que pode ser feita é: o que mudou, em termos econômicos e sociais, na realidade de hoje?

Outras independências

O 5º Fórum Urbano Mundial da ONU, realizado no Rio de Janeiro, em 25 de março de 2010, mostrou que o Brasil é o país mais desigual da América Latina. Metade da riqueza brasileira pertence aos 10% mais ricos (50,6%), enquanto os 10% mais pobres levam apenas 0,8% dos recursos do país.
Atualmente, existem 192 milhões de pessoas vivendo no Brasil. Destes, 55 milhões são jovens entre 15 e 29 anos, dos quais 31% são considerados miseráveis, com uma renda per capita familiar inferior a meio salário mínimo, e outros 54% com renda entre meio e dois salários mínimos. Onde fica, além da independência política, a independência econômica e social do povo brasileiro?
Todos os brasileiros são conclamados a participar em três níveis: planejamento, execução e resultados. O que acontece é que, na maioria das vezes, os trabalhadores são recrutados apenas no que diz respeito à execução. Traduzindo: os trabalhadores são os produtores da riqueza, mas são discriminados nos resultados alcançados. O ponto chave e crucial é a participação no planejamento, pois é ali que são tomadas as decisões fundamentais que encaminham os resultados para as camadas mais ricas da população. Onde, então, fica a questão da cidadania? A participação nos lucros?
O historiador brasileiro Capistrano de Abreu (1853-1927) cita dois termos para caracterizar quem somos: ele fala em povo “castrado e sangrado”, ou seja, temos dificuldade em reclamar, em reivindicar e, por consequência, somos sofredores, não participamos da riqueza deste verdadeiro continente, território que abriga esses 192 milhões de brasileiros.
A sociedade em geral aceita o discurso das elites que sempre elogiam o povo brasileiro como pacífico, ou seja, nada de reclamar, exigir direitos, defender medidas concretas que beneficiem a todos. Não é, então, uma constatação sem fundamento a afirmação da ONU de que o Brasil é o país mais desigual de toda a América Latina. A própria atividade política é uma das maiores fabricantes de ilusão. Concretamente, uma delas é o mito da igualdade racial. Temos no Brasil cidadãos de primeira e segunda classes, embora a Constituição afirme a igualdade de todos perante a lei.

O que se espera?

Aguarda-se uma reação por parte da população que vive uma situação de injustiça ao constatar que não dispõe de uma moradia decente, emprego, atendimento à saúde, escola de boa qualidade para todos. A violência física campeia solta. As camadas mais ricas se protegem com cercas elétricas, alarmes, muitas grades, planos de saúde...
Entretanto, como afirma Hélcion Ribeiro em seu livro A identidade do brasileiro (Vozes, 1994), a violência inclui outros nomes concretos: desemprego, má distribuição de renda, proliferação dos grandes latifúndios, expulsão do homem do campo, destruição do meio ambiente, falta de saúde do povo, presença de menores carentes e abandonados.
No momento, somos a oitava economia do mundo, à frente do Canadá e da Rússia. O que esta classificação representa concretamente? Precisamos de mais utopia ao lembrar a nossa independência. O que parece inalcançável hoje serve como ânimo para que não deixemos de caminhar, de exigir nossos direitos em direção a uma nação mais igualitária, já que a realidade está em permanente mudança. Assim, a nossa independência é um processo que continua atual dentro da nossa história.


Por: Osvaldo Biz

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

INDEPENDÊNCIA OU MORTE

Aos sete dias do mês de setembro de 1822 o Brasil se torna independente, livre de Portugal, marcando sua autonomia política e administrativa. Esse fato histórico, um dos mais importantes do Brasil, parecia que já ditava os rumos políticos, sociais e econômicos dessa nova nação “independente”. Na época, a má distribuição de renda já assolava a sociedade brasileira, o povo sequer entendia o motivo daquele alvoroço, a independência não trouxe nenhuma mudança na estrutura agrária do país, nem mesmo à escravidão. De tudo, a camada que mais se beneficiou foi a elite agrária que deu total apoio a D. Pedro I.
O rompimento com Portugal era desejável por grande maioria dos brasileiros, porém havia divergências por conta de existirem grupos sociais distintos: a aristocracia rural do sudeste, as camadas populares urbanas liberais radicais e por fim, a aristocracia rural do norte e nordeste, sem contar que para que Portugal reconhecesse oficialmente a independência de sua antiga colônia, exigiu uma indenização de dois milhões de libras esterlinas. Sem este dinheiro, D. Pedro I recorreu um empréstimo da Inglaterra, iniciando assim, o endividamento externo do Brasil.
Mas, e hoje? Cento e noventa anos depois. Já temos independência? Somos autônomos? Qual o verdadeiro significado de independência?
Sem buscarmos uma resposta para esses questionamentos, no sete de setembro desfilamos pelas praças e avenidas o orgulho por essa “pátria amada Brasil”, como se ao ouvirmos o grito “do Ipiranga às margens plácidas” teríamos de fato conquistado a independência.
A independência não existe num país onde a política é determinada em grande parte, por mecanismos neoliberais; a independência não existe num país onde são fabricados milhões de analfabetos e desempregados; a independência não existe num país onde a exploração da mão de obra e da natureza é a fonte de riqueza da burguesia; a independência não existe num país onde não é questionada a venda ao capital financeiro internacional de um dos maiores patrimônios construídos com dinheiro público (Companhia Vale do Rio Doce); a independência não existe num país onde a igualdade, ainda que “com braço forte”, não é conquistada; a independência não existe num país onde a impunidade e a corrupção são notícias diárias; a independência não existe num país onde “tudo é fonte de lucro: mídia e educação, saúde e cultura, esporte e religião”; a independência não existe num país onde a população não busca a independência.
Brasil, país “gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso, e o teu futuro...”.
Este futuro está entregue a quem? À elite burguesa? Aos opressores? À base corruptível da política brasileira? Ao atual modelo hegemônico?
Queremos acreditar que não! Hoje, o que nos alimenta são nossos sonhos, nossas utopias, mas ainda “verás que um filho teu não foge à luta”, e queremos “independência ou morte”.
 
 
Por: André Luiz Silva Azevêdo