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domingo, 24 de novembro de 2013

O ALHO (QUÍMICA NA COZINHA)


 Você ataca todos os pãezinhos de alho no churrasco de domingo? Trata seu resfriado com um delicioso chá de alho? Tempera todos os pratos com esse condimento? Sejam quais forem as suas respostas, saiba que o alho (Allium sativum) é um tempero utilizado pela humanidade há quase 5.000 anos. No entanto, apesar de o seu sabor ardente fazer sucesso, até hoje não se sabia como ele atuava no paladar humano. Cientistas da Universidade da Coréia, da Fundação de Pesquisa Novartis e do Instituto de Pesquisa The Scripps, porém, acabam de identificar que a alicina, um composto de enxofre encontrado no alho, de aroma intenso e característico, ativa terminações nervosas presentes na boca relacionadas à sensação de dor. 
Na boca, além de células gustativas, responsáveis por detectar os sabores, existem também neurônios que possuem em suas membranas canais protéicos chamados TRP – sigla em inglês para o termo transient receptor potential – que são sensíveis a estímulos externos, como calor, frio e determinados compostos químicos. Sob ação deles, os TRPs promovem o transporte de cátions – íons com carga positiva – de fora para dentro das terminações nervosas da boca e, com isso, geram impulsos nervosos. No cérebro, os sinais são traduzidos como sensações de dor. “Experimente, por exemplo, colocar uma pedra de gelo na boca”, sugere o professor Joab Trajano Silva, do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “A ardência sentida é gerada pela estimulação de uma classe de TRP responsável por detectar frio intenso”. 
No caso do alho, o estudo publicado na revista Current Biology revelou que uma substância chamada alicina é responsável pela ativação de dois desses canais protéicos: TRPV1 e TRPA1, encontrados em alguns neurônios presentes nos lábios e na língua, e que estão ligados ao reconhecimento do calor e frio intensos, respectivamente. A alicina estimula estes canais e gera a sensação de dor e ardência. “É somente uma sensação. A temperatura da boca, na realidade, não se eleva”, afirma Trajano. Essa reação talvez atue como mecanismo de defesa do alho, para manter afastadas outras espécies, como carrapatos, mosquitos e minhocas. No entanto, nos humanos, é ela que atrai milhões de fãs “masoquistas” por todo o mundo. Cozido ou frito, o alho perde boa parte de sua ardência, pois a alicina é convertida em outros compostos de enxofre. 
O alho possui renome na medicina popular. Credita-se a ele funções como desintoxicação, regulação do organismo, aumento da imunidade e o combate e a prevenção de doenças e infecções, como hepatite e câncer gástrico. Originário da Ásia central, conta-se que era consumido pelos escravos egípcios durante a construção da pirâmide de Queóps para aumentar a imunidade e melhorar o rendimento físico. Foi estudado na Antiguidade por Hipócrates e Louis Pasteur, já no século 19, identificou suas qualidades anti-sépticas, aproveitadas na Primeira Guerra Mundial. Apesar disso, a maioria das propriedades medicinais do tempero ainda não são comprovadas cientificamente. 

Dados da Ciência Hoje On-line 



Fonte: http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=20&id=658

sábado, 23 de novembro de 2013

COZINHAR EM PANELA DE FERRO AJUDA A PREVINIR ANEMIA?

O ferro (Fe) é encontrado na natureza na forma Fe+2 e Fe+3. A forma ferrosa (Fe+2) apresenta uma maior absorção pelo organismo humano, esta forma está presente em diversos alimentos e complementos medicamentosos. Portanto, a utilização de objetos a base de ferro não significa que este seja eficiente no combate à anemia, principalmente devido à diferença de biodisponibilidade entre as formas Fe+2 e Fe+3. No entanto, a forma férrica (Fe+3), quando ingerida pode ser reduzida para elevar o seu aproveitamento biológico, o que pode ser feito, ingerindo concomitantemente alimentos com fontes de ácido ascórbico. Logo, o ferro (Fe+3) da panela de ferro não está em uma forma que possa ser facilmente absorvida pelo nosso organismo, portanto não deve ser considerado como uma fonte nutricional.


Fonte: http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=20&id=694

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Consciência Negra, “AMPLIE” a Sua


Por: Robenilson Sena Torres

“Engana-se quem pensa que a luta acabou, os ideais de Zumbi permanecem mais vivos do que nunca.” O dia 20 de novembro é mais um dia de luta para o povo negro, quanto tantos outros, luta diária contra o racismo, contra o preconceito, contra a desigualdade, contra a negação de direitos. Mas é uma data para a reflexão e conscientização para toda a sociedade do quanto o período de escravidão foi um câncer nesse país, da indiferença e do distrato da sociedade pós abolicionista, resultando numa imensurável dívida histórica para com esse povo que nunca se furtou de lutar por direitos. É uma data para nos inspirarmos e fazer com que permaneçam vivos os ideais de Zumbi, João Cândido, Luís Gama, Mandela, Albert Luthuli, Rosa Parks, Malcolm X, Luther King e tantos outros que dedicaram sua vida na luta contra o racismo.
Este dia é marcado pela continuidade da luta contra o preconceito racial. De valorização à cultura afro-brasileira, e, nas escolas, nas universidades, nas comunidades e movimentos sociais em todo o país se discutem a questão racial, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas e a importância do povo negro para a rica formação do nosso Brasil.
A Lei 10.639 de 2003 estabelece que nesta data (20/11) seja comemorado o Dia da Consciência Negra. Para que se discuta a História dos negros no país, sua cultura e sua colaboração para a nação que temos hoje. Além disso, é também uma oportunidade para lembrar e evidenciar os problemas sociais que ainda afligem essa parcela da população.
É necessário a valorização de líderes negros de nosso povo, pois sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais.
Não podemos negar avanços que tivemos, espaços e direitos conquistados com suor e sangue, contudo, as marcas da escravidão ainda não cicatrizaram, a ferida é aberta toda vez que há a negação da existência racismo, a negação dos direitos, a negação das políticas públicas afirmativas e a permanência do pior dos racismos, o racismo institucional, que surge toda vez que o Estado se mantem inerte e indolente diante da desigualdade de oportunidades que insiste em imperar e na tímida aplicação de medidas combativas, tonando – cúmplice, inclusive, do extermínio dos nossos jovens negros.
Dia 20 de novembro e dia para reflexão, para a indignação, mas sobretudo para saudar um povo que se mantém perseverante na luta contra toda forma de preconceito e discriminação. É dia para reafirmamos a luta pela Consciência Humana.
 
 
*Robenilson Torres é Graduando no curso de Direito e Diretor de Combate ao Racismo no DCE/UESC

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

15 DE NOVEMBRO - DIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a república do Brasil. 
Na época, o país era governado por D. Pedro II e passava por grandes problemas, em razão da abolição da escravidão, em 1888. 
Como os negros não trabalhavam mais nas lavouras, os imigrantes começaram a ocupar seus lugares, plantando e colhendo, mas cobravam pelos trabalhos realizados, o que gerou insatisfação nos proprietários de terras. 
As perdas também foram grandes para os coronéis, pois haviam gasto uma enorme quantidade de dinheiro, investindo nos escravos e o governo, após a abolição, não pagou nenhuma indenização aos mesmos. 
A guerra do Paraguai (1864 a 1870) também ajudou na luta contra o regime monárquico no Brasil. Soldados brasileiros se aliaram aos exércitos do Uruguai e da Argentina, recebendo orientações para implantarem a república no Brasil. 
Os movimentos republicanos também já aconteciam no país, a imprensa trazia politização à população civil, para lutarem pela libertação do país dos domínios de Portugal. Com isso, vários partidos teriam sido criados, desde 1870. 
A Igreja também teve sua participação para que a república do Brasil fosse proclamada. Dois bispos foram nomeados para acatarem as ordens de D. Pedro II, tornando-se seus subordinados, mas não aceitaram tais imposições. Com isso, foram punidos com pena de prisão, levando a igreja a ir contra o governo. 
Com as tensões aquecendo o mandato de D. Pedro II, o mesmo dirigiu-se com sua família para a cidade de Petrópolis, também no estado do Rio de Janeiro. 
 Porém seu afastamento não foi nada favorável, fez com que fosse posto em prática um golpe militar, onde o Marechal Deodoro da Fonseca conspirava a derrubada de D. Pedro II. 
Boatos de que os responsáveis pelo plano seriam presos fizeram com que a armada acontecesse, recebendo o apoio de mais de seiscentos soldados. 
No dia 15 de novembro de 1889, ao passar pela Praça da Aclamação, o Marechal, com espada em punho, declarou que a partir daquela data o país seria uma república. 
Dom Pedro II recebeu a notícia de que seu governo havia sido derrubado e um decreto o expulsava do país, juntamente com sua família. Dias depois, voltaram a Portugal. 
Para governar o Brasil República, os responsáveis pela conspiração montaram um governo provisório, mas o Marechal Deodoro da Fonseca permaneceu como presidente do país. Rui Barbosa, Benjamin Constant, Campos Sales e outros, foram escolhidos para formar os ministérios. 

Por Jussara de Barros 


Fonte:http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-da-proclamacao-da-republica.htm